Meu nome é Elton Minetto

Viagem Dia do Rock

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Aqui o relato da nossa viagem em busca do show de rock perfeito.

Dia 25/08: Partimos de Chapecó as 5:30 da madruga em direção a SP. No aeroporto nos levaram até a MTV onde conhecemos um monte de pessoas legais, principalmente o Rafael Rocha, que era um dos responsáveis pela organização da promoção. Ele nos mostrou toda a MTV, desde a sala de reuniões, estúdios, desenvolvimento do site, animações, vinhetas, etc. De quebra vimos os VJs Edgard e Rafa, que passaram por nós no saguão. De noite pegamos o avião para Toronto, nossa escala antes de chegarmos em Londres, para o primeiro show. No aeroporto, mais um golpe de sorte. Devido a um erro da companhia aérea, o avião estava lotado e nos colocaram na classe executiva. Champagne, salmão e cadeiras confortáveis… Triste…

Dia 26/08: Em Toronto, Canadá, tivemos um problema. Nossas malas se estraviaram e nós, com medo de perdermos o voo para Londres saímos do saguão sem as malas. O pessoal do aeroporto ficou muito estressado. Uma mijada depois, conseguimos nossas malas e não perdemos o avião, que saiu duas horas atrasado. Chegamos em Londres depois das 11 da noite. A Isabel Viegas, da Sony BMG, e seu marido ingles estavam nos esperando e nos levaram para o hotel.

Dia 27/08: Na parte da manhã caminhamos pelas ruas próximas ao hotel e tiramos algumas fotos. Tudo muito bonito, com casas de arquitetura típica. Na metade da tarde a Isabel veio até o hotel para irmos ao show. O show do Foo Figthers era em um festival que estava ocorrendo em uma cidade vizinha de Londres chamada Reading. Fomos de metrô até a estação de trens em Paddington onde pegamos o trem até Reading. É uma cidade pequena que na época do festival fica abarrotada de gente que além de vir para os shows acampa nas áreas de camping. No festival encontramos todo o tipo de pessoa, desde punks, patricinhas, casais com bebês, etc. Ficamos na área VIP ao lado do palco principal, com direito a mesinhas, restaurantes e uma tenda onde eram realizadas as entrevistas com as bandas. Foi nesta tenda que encontrei com o pessoal da banda. Quando entramos eles estavam dando uma entrevista e tivemos que esperar um pouco. A ansiedade crescendo… Pouco tempo depois fomos apresentados. Todos foram muito simpáticos. Eu consegui conversar um pouco com eles. Por incrível que pareça apesar do nervosismo meu inglês, que não é muito bom em circunstâncias normais, não atrapalhou tanto a conversa. Expliquei como ganhei o concurso, falei para o baterista da banda que gostei da música que ele canta no último CD e perguntei ao Dave Grohl se aquela música do cd acústico que parece uma Bossa Nova é realmente isso. Ele disse que não lembrava, mas me pediu “parece mesmo?”. Eu respondi que muita gente achava que sim. Eu falei que Tom Jobim ficaria orgulhoso e ele agradeceu. Nos desejou um bom show e se despediu. Antes de saírem todos assinaram uma camiseta do FF que eu tinha comprado. E foi isso. Eu tinha acabado de conversar com uma lenda do rock, afinal além de ser muito talentoso ele foi baterista do Nirvana. E ele foi muito legal. Todos da banda foram. Na saída da tenda vimos que outra banda estava dando entrevista, a banda da Julliete Lewis, aquela gatinha do filme Assassinos por Natureza. Cool. Depois de tanta emoção fomos jantar (comida mexicana em Londres…) e fomos pro show. Conseguimos assistir ao show do Kings of Leon antes de começar o show do FF. O som dos caipiras americanos é muito bom. O show do FF foi muito mais que isso. Com um setlist dos sonhos de qualquer fã (In your honor, one by one, my hero, learn to fly, best of you, times like these, entre outras do último cd) a banda foi demais. Dave conversou com a plateia dizendo que esse era o melhor festival da Inglaterra, que era para fãs de rock e brincou com a quantia de vezes que se fala a palavra “fuck” repetindo a palavra várias vezes em cada frase. Divertido e aplaudido pra caramba. Tivemos que sair umas duas músicas antes do fim do show para pegarmos o trem, mas saímos satisfeitos e felizes pelo excelente show que tínhamos visto. No trem de volta a Londres uma coincidência. Encontramos a VJ Sara da MTV e sua equipe que tinha ído ao festival entrevistar o Kings of Leon. Legal

Dia 28/08: Dia livre em Londres. A Isabel nos deu algumas dicas e conseguiu um mapa do metrô para nós. Passamos o dia inteiro passeando por Londres. Fomos no Palácio de Buckingham, no Big Ben, na roda-gigante, museu do Salvador Dali, etc. Divertido e educativo.

Dia 29/08: Neste dia deveríamos embarcar em um avião para Québec, onde iríamos assistir o show do System of a Down. Deveríamos porque não conseguimos. Já havíamos feito o check-in da bagagem e tudo mais, quando na porta do avião os agentes da migração canadenses nos barraram. O problema é que nosso visto canadense era somente para uma entrada e como fizemos uma escala em Toronto para chegar em Londres eles já consideravam que tínhamos gasto o visto. Stress. Para completar, aquele dia era feriado bancário em Londres. Ligamos para a Isabel e contamos todo o caso. Teríamos que ficar um dia a mais em Londres e na terça-feira teríamos que ir no consulado canadense retirar um novo visto. Para amenizar nosso nervosismo ela e seu marido nos levaram a um passeio. Fomos até a cidade universitária de Oxford. Um lugar realmente lindo, com construções datadas de 1300, castelos, igrejas, bibliotecas. Pelo menos assim não foi um dia totalmente perdido.

Dia 30/08: O dia mais agitado de todos. Acordamos as 6:30 da manhã para irmos até o consulado. Após um tempo no metrô, chegamos lá as 7:30. Depois de pagar mais 70 libras, fazermos entrevista e passarmos uma boa dose de angustia saímos de lá perto das 11:00 da manhã com nossos vistos. Fomos ao aeroporto de metrô e pegamos o vôo das 15:30 em direção a Québec. Parecia que os problemas estavam acabados. Engano. Chegando em Montreal, onde tínhamos menos de uma hora para passar pela alfândega, pegar as malas e tomar o outro avião aconteceu um problema cômico. O avião não conseguia abrir as portas. Tivemos que esperar quase 30 minutos até alguém abrir a porta. E minha úlcera aumentando… Conseguimos pegar o teco-teco para Québec. Chegamos as 19:50. Blz. Chegamos em tempo! Não. Mais um problema. Não podíamos saír do avião porque estava passando uma tempestade de raios sobre o aeroporto. Tivemos que esperar mais 30 minutos. E minha úlcera estourando… Eu só pensava no show do System que iría começar dentro de poucos minutos. Finalmente saímos do avião e encontramos a Francisca Fortunato, da Sony BMG que estava nos esperando. Deixamos nossas malas no aeroporto e fomos correndo para o show. Chegamos uns 20 minutos antes do System entrar no palco. Deu tempo somente de comprarmos uma cerveja (gelada! as londrinas eram quentes…) e o show começou. Nesse momento, devido ao fuso horário, fazía mais de 20 horas que estávamos acordados e estávamos exaustos. Mas no momento que as cortinas se abriram e eles começaram a tocar B.Y.O.B. eu era um novo homem. Todo o esforço valeu a pena. System of a Down é uma das melhores bandas em atividade hoje e provaram isso no palco. As músicas soaram mais pesadas ao vivo do que nos excelentes CDs. Eles tocaram várias músicas do último trabalho, o Mesmerize, músicas dos cds antigos, como Toxicity, Aerials, e uma do novo que sairá em Novembro, o Hipnotize. Na minha opinião o principal destaque da banda foi o baixista Shavo. Ele é muito bom. Foi o que mais interagiu com a platéia, sua expressão e o modo como cantavam eram impressionantes. Até subiu nas caixas de som para tocar um solo, para delírio do ginásio lotado e pavor dos seguranças que tiveram que segurar a caixa. Outra parte legal foi uma inusitada cover da música Sultains of Swing, do Dire Straits, que na voz do guitarrista Daron ficou “…we are de system. we are de system of a down…”. Muito legal. Posso dizer sem a menor sombra de dúvida que este foi o melhor show que assisti na minha vida. O show do FF foi excelente mas por eles estarem tocando em um festival talvez não puderam mostrar todas as músicas, ou foi o lugar fechado onde o System tocou que fez diferença, não sei. Depois do show tentamos conversar com a banda mas não deu certo. Eles saíram do show e se trancaram no camarim para discutir detalhes do novo vídeo que estão produzindo. O único que conseguimos conversar foi o baterista Jonh que nos deu um autógrafo e tirou fotos. Vimos o Shavo e o vocalista Serj mas não conseguimos conversar com eles. O tour manager da banda, muito simpático, ficou com os livretos dos CDs e prometeu que o resto da banda iria assinar e ele mandaria para a Francisca e ele nos entregaria. Apesar disso, não posso reclamar. Ainda mais depois de um show daqueles. Fomos comer algo e dormir, mais de 24 horas depois de acordarmos, mas felizes.

Dia 31/08: Dia totalmente chuvoso na bela Québec. Como nossas malas ficaram no aeroporto, tivemos que comprar roupas de baixo e camisetas. Aproveitamos e compramos alguns presentinhos para a família. De tarde fomos ao shopping comprar mais algumas coisas e principalmente meu iPod. heheh. Pegamos o vôo de noite para SP.

Dia 01/09: De SP mais um vôo para Florianópolis. Em Florianópolis mais um problema. Devido a um ciclone estar passando em SC o aeroporto de Chapecó estava fechado. Resultado. Ônibus de Floripa para CCO. Chegamos em casa no dia 02/09 quase de meio dia.

Quero agradeçer ao pessoal da MTV e da Sony BMG por organizar a promoção e nos tratar tão bem em todos os momentos e ao pessoal da Unochapecó que nos deu uma grande força nos liberando do trabalho para irmos. Agradeçer principalmente a Isabel e seu marido pela força em Londres e a Francisca por nos acompanhar por todo lugar em Québec (se não fosse ela falar frances a coisa ia ser complicada). Preciso agradeçer também a todos os deuses do Rock por me inspirarem para criar a frase. Jannis, Hendrix, Lennon, Jim, Dimebag, valeu mesmo.

Fotos do show do FF no site oficial da banda Fotos que tiramos da viagem Ainda está faltando as fotos da conversa com o FF que a Isabel deve nos enviar e eu coloco aqui.